sexta-feira, 27 de julho de 2012

A luta é permanente, mas vamos mudar!


Artigo de Thelma de Oliveira, presidente nacional do PSDB-Mulher
     Tenho repetido inúmeras vezes aqui que a nossa luta, a das mulheres tucanas, é diária, cotidiana e que começa em casa, continua nas calçadas, nas ruas, no trabalho e no partido.
     As dificuldades, as incompreensões, os preconceitos aparecem em todas essas instâncias e às vezes nos surpreendem, apesar de toda a jornada que caminhamos nesses 13 anos de existência do PSDB-Mulher.
     Nesta semana, a “Folha de S. Paulo” expôs publicamente a maneira discriminatória com que todos os partidos brasileiros tratam as mulheres na distribuição de recursos em campanhas eleitorais.
     Levantamento do jornal paulista aponta que apesar de serem 19,7% dos concorrentes no pleito municipal de 2010, as candidatas receberam apenas 8% dos R$ 102,4 milhões distribuídos pelos 14 maiores partidos nacionais.
     Além disso, nenhum desses partidos completou a cota de 30% dos concorrentes mulheres, outra absurda discriminação e retrato da atual realidade da participação das mulheres na vida político-partidária do Brasil nos dias de hoje.
     No Congresso Nacional, somos menos de 10% e nas mais de cinco mil câmaras de vereadores não chegamos a 15% do total de parlamentares municipais.
     Uma realidade que precisa mudar, já agora em 2012.
     O Congresso Nacional do PSDB-Mulher e a Carta de Recife, referendada por mais de 1.000 mulheres na capital pernambucana, são a demonstração cabal de que não aceitaremos mais esse quadro.
     Colocamos em discussão, em Recife, a questão da distribuição de recursos eleitorais para as mulheres e não vamos abrir mão disso. De forma clara, aberta e democrática.
     Lá, contamos com o apoio público do presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, do secretário-geral, deputado federal Rodrigo de Castro, do líder do partido na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo, e de expressivas lideranças nacionais como a senadora Lúcia Vânia e o senador Aécio Neves.
     O PSDB precisa e vai caminhar na direção de reduzir, de minimizar, de acabar mesmo com essa discriminação e preconceito sem sentido, sem respaldo na atual realidade da presença da mulher na vida econômica e social do Brasil.
     As centenas de pré-candidatas tucanas presentes ao Congresso Nacional do PSDB-Mulher estão mais do que dispostas a levar e lutar nas ruas em defesa de propostas da social democracia brasileira. Desse compromisso não abrimos mão, mesmo com as dificuldades enfrentadas.
     Mas, para fazer isso com mais ardor e viabilizarem suas próprias candidaturas e vitórias, o partido precisa e, tenho certeza, vai lhes dar um apoio maior.
     E não se trata apenas de apoio financeiro, que é essencial, com a justa distribuição de recursos entre todos os candidatos, sem diferenças de gêneros, mas também de apoio político e programático.
     Nosso Estatuto precisa e será alterado a partir reivindicações da Carta de Recife, solenemente entregue ao Presidente Nacional do PSDB pelo Secretariado Nacional do PSDB- Mulher.
     Nossa luta, como já disse, é contínua e permanente e todas vocês estejam certas de que, com nossa união e trabalho, vamos mudar o atual quadro interno porque, desse modo, também estaremos mudando a realidade da mulher na vida política do país.
     No PSDB, contamos com o apoio de toda a direção nacional do partido para transformar a realidade política do Brasil, aumentando a presença das mulheres no espaço político municipal.


http://www.psdb.org.br/a-luta-e-permanente-mas-vamos-mudar/

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